terceira carta.Olá, lembras-te de mim? Sou aquela parva que te ama. Aquela parva que chora por ti. Sim, aquela parvalhona que fugiu da tua ignorância, que agarrou o seu medo de te perder. Hoje estou mais cansada que ontem, cansada deste teclado, cansada destas cartas estúpidas que não lês. Estou a comer bolo de chocolate e a beber leite. Mas mesmo assim emagreci nestas férias. Estou com frio por fora, congelada por dentro. Farta destas quatro paredes, do sufoco deste ar consumido pela minha respiração sôfrega. Quero gritar, quero desaparecer, quero a minha vida de volta. Preciso da minha vida de volta. Amanhã quero ver um filme no sofá. Quero ver se te esqueço. Faltam quatro dias para 2012, faltam oito dias para a nossa suposta data, faltas tu. Hoje fui passear, fez-me bem, hoje chorei e tu não percebes. Não percebes nada. Alimentas este vazio, dás de beber à saudade e matas-me. Eu costumava ser tão feliz, eu costumava saber sorrir. Nós costumávamos ser tão felizes, nós costumávamos sorrir juntos. Lembras-te? Lembras-te de mim? Lembras-te de nós e da nossa história de amor? Eu não consigo esquecer aquilo de que já nem te lembras. Sabes, estou a aqui, à tua espera, mais uma vez. E onde estás tu? Deves estar com outro alguém, a rir daquilo por que eu choro. Eu quero-te aqui, anda, vá, engole o orgulho, abre os olhos, vamos ser felizes porra. Não demores
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