borboletas


primeira carta.  Olá, é quatro da manhã, acabei de ver um filme, não consigo adormecer. Estão gatos a miar lá fora , estou com fome, está imenso frio, o computador está a ferver, dói-me a vista , mal me consigo mexer dói-me imenso a coluna. Típica noite de Dezembro. E pronto adivinha, decidi ligar o computador e escrever mais uma estúpida carta para ti. Estou perdida, estou sozinha, estou cansada. Preciso de ti, preciso de um abraço, preciso de um beijo. Preciso de um café, preciso dum chocolate, de açúcar. Preciso que me agarres na mão, preciso que digas que me amas, preciso de te ver, preciso de te ouvir e preciso de te agarrar. Preciso de uma chamada, uma mensagem. Preciso de uma noite contigo, preciso de um passeio, um almoço, um jantar, uma ida ao cinema. Preciso de algo que me complete, que me preencha, entendes? Como tu costumavas fazer. Como tu fizeste. E não faz sentido, nada faz sentido! Eu não faço sentido, eu desisti, eu já não tenho mais vontades, mais prazeres. Eu já nem sei quem sou. E sim, a culpa é tua, é minha, é nossa! Perdi o meu jeito, perdi o meu brilho no olhar, perdi a minha paixão pelas coisas, perdi-me. E tu? Onde estás tu, e o monte de promessas? Tu e a tua maneira idiota de me amares? Eu quero-te aqui, anda, vá, engole o orgulho, abre os olhos, vamos ser felizes porra. Não demores.


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